“Quem pode acreditar que não há uma alma atrás daqueles olhos luminosos?” – Theophile Gauthier

sábado, 23 de julho de 2011

Substituto do leite materno para filhotes de gato





Gente, quem gosta e cuida de gatos um dia vai passar por essa situação, ter um gatinho órfão ou que por algum motivo não pode receber o colostro da mãe e por isso vai depender inteiramente de você para sobreviver. Não é coisa de outro mundo, mas a responsabilidade de cuidar é a mesma de qualquer bebê, tem hora e quantidade certas. Mas aí vai uma receita que achei no site Cachorro Verde bastante completa, assim como aquele leitinho da gata.

Dica: mantenha essa receita guardada com você para emergências!




Essa fórmula caseira chega bem perto dos constituintes do leite da gata, que contém 42,2% de proteína, 25% de gordura, 26.1% de carboidrato e 6,7% minerais. O substituto do leite felino contém 44% de proteína, 25% de gordura, 26% de carboidratos e 4% de minerais. A proporção de cálcio e fósforo adotada é de 1.2 para 1, ou seja, bastante próxima do que é considerado ideal atualmente.

Receita:

  • 2 xícaras de leite integral (se possível, de cabra)
  • 2 ovos grandes
  • 5 colheres de chá de pó de proteína (de fontes animais)
  • 1/8 de colher de chá de pó de casca de ovos
  • 2-3 gotas de limão
  • o equivalente à dosagem de um ou dois dias de complexo vitamínico para um gato adulto, em pó ou em comprimido, porém triturada
  • 100mg de suplemento de taurina (se já estiver presente no complexo vitamínico para gatos, não precisa)
Rende: 3 xícaras de fórmula, cerca de 190 calorias por xícara.

Observações:

Se não for possível comprar leite de cabra integral, procure optar por leite A integral de vaca, não submetido ao processamento UHT - como os das marcas Xandô ou Leite da Fazenda. São opções mais "puras" e nutritivas, com um perfil de proteínas mais adequado às necessidades de carnívoros como os cães e os gatos.
O pó de proteína é um opcional que, como o próprio nome explica, aumenta os níveis protéicos da fórmula. Escolha um produto à base de albumina, sem sabor, composto por 80% de proteína de origem animal. Produtos similares à base de soja não são adequadas para filhotes. A proteína em pó pode ser comprada em lojas de suplementos para atletas.
As gotas de limão também são opcionais, mas elas ajudam a acidificar a fórmula, o que potencializa a absorção do cálcio do pó de casca de ovos no intestino do filhote.
Caso prefira optar por uma fonte de cálcio diferente, como gluconato ou lactato de cálcio, consulte um médico-veterinário para determinar a quantidade a ser oferecida. Não suplemente o cálcio sem o devido conhecimento. O excesso de cálcio faz mais mal do que uma leve deficiência deste mineral. Vale lembrar também que o cálcio porventura presente em complexos vitamínico-minerais para cães e gatos geralmente não contém esse mineral em quantidade suficiente.

Preparo:

Misture bem os ingredientes. Aqueça a mistura à temperatura do corpo e ofereça usando mamadeira de boneca, conta-gotas, seringa ou mamadeira própria para filhotinhos. É importante que o leite seja oferecido sempre aquecido. Para isso coloque a mamadeira dentro de uma panela com água quentinha (não muito quente). Mas atenção: precisa ficar à temperatura do corpo, caso contrário, o leite provocará queimaduras na boquinha e no esôfago do filhote. Para evitar acidentes, não use o microondas para aquecer a fórmula. Antes de oferecer pingue algumas gotas na parte interna de seu pulso ou afira a temperatura usando um termômetro. A fórmula deve estar a 38 graus centígrados.

Como oferecer:




Ofereça a cada gatinho apenas o suficiente para aumentar discretamente o abdômen, sem distendê-lo. Cuidado para não se empolgar. Interrompa a "mamada" antes do gatinho perder o interesse, ou ele consumirá demais. O importante não é o volume oferecido a cada mamada, e sim a regularidade da oferta.
Após cada "refeição", é preciso ter cuidados importantes. Coloque o filhotinho para "arrotar", como é feito com os bebês humanos. Essa dica é da Camilli Chamone, criadora de French Bulldogs. Massageie gentilmente a barriguinha do filhote para estimular o trânsito intestinal. Com um algodão limpo embebido em água morna, esfregue gentilmente a região genital e anal. Com isso você imita a mamãe gata, que lambe essas regiões para estimular a micção e a defecação nos gatinhos. Quando o filhote completar três semanas de vida, você pode começar a adicionar um pouco de aveia cozida ou um pouquinho de fígado, rim ou coração moído à fórmula. Da 4ª a 6ª semana promova o desmame. Com seis semanas de vida, os gatinhos já estarão comendo tudo na vasilha!

Diarréia

Um desafio em relação a alimentar artificialmente gatinhos e cãezinhos órfãos é a diarréia que pode resultar da oferta de fórmulas desbalanceadas ou do fornecimento excessivo de fórmula. Até que você adquira alguma experiência, tenha muito cuidado para não oferecer em excesso. Se ocorrer diarréia, procure o veterinário. Pode ser preciso dar fluidos de reposição eletrolítica por via oral.
Aqui vai uma fórmula herbal bastante útil para tratar diarréia em filhotes novinhos. Prepare um chá de camomila: adicione 470mL de água fervente à 2 colheres de chá de erva de camomila desidratada (a "de verdade", não a de saquinho de chá). Deixe infundir por 10 minutos, coe e acrescente ½ colher de chá de sal marinho. Dê uma dose - o equivalente a uma mamada de alguns minutos - três vezes ao dia. Entre cada dose, administre a solução eletrolítica via oral, de acordo com a recomendação do veterinário.

Constipação

Constipação é outro problema que pode ocorrer. Geralmente resulta da oferta de pouca fórmula ou de estimulação insuficiente para defecação após as mamadas - uma tarefa que cabe a você. Quando ficam constipados, cãezinhos e gatinhos apresentam barriguinhas estufadas e ficam apáticos. Podem se afastar do ninho e se tornam frios ao toque. É sinal de que não estão nada bem. Uma opção de tratamento sem efeitos colaterais é com o remédio homeopático Nux Vomica na potência 6CH. Uma única administração geralmente é o suficiente. Pode-se dissolver os glóbulos homeopáticos (as bolinhas) em um pouco de água filtrada e pingar algumas gotas na boquinha do filhote. Se o cãozinho ou gatinho continuar constipado, chame o médico-veterinário.


Fonte: 

"Dr. Pitcairn's Complete Guide to Natural Health for Dogs & Cats", de 2005, escrito pelo médico-veterinário norte-americano Richard Pitcairn, homeopata e Ph.D em Imunologia. 


Bibiografia recomendada:

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quinta-feira, 10 de junho de 2010

Caboodle Ranch: A Cidade dos Gatos



Um paraíso na terra para os gatos. Um lugar que deixa qualquer pessoa amante de gatos ou dos animais em geral extremamente feliz. Depois que se passa uma vida inteira vendo os maus tratos aos animais, o sofrimento de gatos de ruas e muitas outras tragédias, conhecer o Rancho Caboodle - mesmo por fotos ou vídeo - é um colírio para os olhos, é um Oasis em meio ao deserto. E pensar que esse paraíso surgiu da idéia de uma única pessoa é fantástico.

A idéia do rancho ou fazenda para os gatos, que na verdade mais parece uma cidade dos gatos, localizada em Jacksonville, Florida, surgiu por acaso em 2003 e de lá para cá se expandiu para um verdadeiro santuário de 30 acres que abriga mais de 500 gatos abandonados ou sem lar. Seu fundador, Craig Grant, é que mantém o custeio quase que total do santuário. Esse senhor simpático grande amante dos animais vê toda sua felicidade e realização em ver a felicidade e boa vida que levam os gatos neste local.

Com muita habilidade e criatividade o próprio Grant construiu a maior parte do lugar e o mantém embora precise trabalhar fora para manter-se e aos gatos. A maioria dos gatos que vivem no local era gatos de rua ou abandonados que viviam vagueando sem teto. Outros ainda vieram parar no local porque por algum motivo seus donos não puderam ficar com eles.

A manutenção do rancho consume cerca de 6.000 dólares por mês, que Grant consegue às vezes com muito sacrifício, tudo para conseguir dar uma boa vida para os bichanos que tanto ama. Na verdade esse grande herói dos gatos afirma que às vezes ele nem tem dinheiro para comer, mas não deixa faltar aos gatos. Em seu blog – Um dia na fazenda – ele descreve os desafios cotidianos da manutenção de seus gatos, de suas preocupações quando tem que viajar e deixar os gatos e muitas outras coisas.

Apesar dos sacrifícios, e da pouca ajuda que recebe, os gatos são bem cuidados. Castrados, com atendimento veterinário para cada um deles, alimentação, água e um lugar de sonho que inclui árvores e até casinhas para abrigá-los das intempéries. Claro que com tudo isso os gatos o adoram, basta ver que o seguem por toda parte e o reconhecem de longe. É algo maravilhoso de se ver quando Grant está no meio deles.

Por incrível que pareça, a história desse homem maravilhoso e seus gatos nasceu por acaso. Aliás, ele nem sequer gostava de gatos. Eis como ele narra sua história no site Rancho dos Gatos.

Conheça a história contada por Grant, seu idealizador
Eu estava alugando uma casa de condomínio a dois passos da praia com meu filho. Tinha todos os confortos e conveniências do lar. Quarto mobiliado, a um curto passeio até a praia e perto do trabalho. Então, meu filho saiu por conta própria pela primeira vez. Ele deixou sua gata comigo, porque ele não podia levá-la com ele. Eu não gostava de gatos, mas concordei em ficar com ela. Eu não estava acostumado a ficar sozinho e a gata Pepper não era qualquer uma. Nós lentamente começamos nos dar bem. Alguns meses se passaram e eu descobri que ela estava grávida. Oh grande, e agora? Ela teve cinco gatinhos. Eu queria dar-lhes sumiço, porque eu não queria a minha linda casa destruída, mas meu filho disse-me que tinha que ficar com a mãe durante 8 semanas. Durante esse tempo eu aprendi que cada gato tem sua personalidade própria e não demorou muito para que os gatinhos estivessem balançando as minhas cortinas. Eu não me importava. Algo tinha mudado... Eu não queria abandoná-los.

Mas, com seis gatos, as reclamações começaram com o proprietário do condomínio e os vizinhos. Eu sabia que tinha que procurar outro lugar para ir. Eles não estavam seguros na vizinhança.

Encontrei um de meus gatos machucado e outro foi mordido por um pitbull que eu sei que foi solto para esse fim. Algo precisava ser feito.

Eu não sabia o que fazer em primeiro lugar, assim eu construí um barracão no quintal do meu filho e vivi nele por um tempo. Então eu encontrei um anúncio de um corretor de imóveis oferecendo cinco acres em uma fazenda com árvores; financiada direto do proprietário, a baixo custo mensal... O problema era que ele estava 100 quilômetros a oeste de Jacksonville.

Saí para ver e adorei. Ao longo dos próximos meses, eu comprei mais cinco terrenos. Agora tenho 25 acres.
Limpei uma pequena área e comprei um trailer como um refúgio para meus gatos. Eu coloquei nele uma porta de animal de estimação e prateleiras acolchoadas para eles. Nessa época eu tinha 11 gatos. Eu tinha ficado com gatos abandonados e errantes da vizinhança e das áreas que eu trabalho como um empreiteiro. Eu tinha 22 gatos até a primavera de 2004.
Não tenho mais nenhum dos meus móveis antigos; itens materiais não são importantes para mim mais. Meus gatos me fizeram mais feliz do que nunca. Eles realmente são os melhores amigos que eu já tive.
Caboodle Fazenda agora é um santuário permanente para os gatos que têm sido chutados por pessoas sem coração. Há muitas histórias tristes entre todos os gatos que eu adotei. Alguns quase morreram de fome, alguns deles se encontravam feridos. Eu vi muitos fechados em jaulas durante meses em abrigos de animais e fiquei com alguns deles também.

Os gatos devem ser capazes de andar livremente, e em Caboodle Ranch, é o que eles fazem. Estamos no meio de 100 hectares de fauna. Os gatos me seguem através das trilhas naturais que eu coloquei e mantenho, sobem em árvores fortes que eu construí e se escondem em tocas escavadas no subsolo que tenho feito para eles.

Todos os gatos foram esterilizados ou castrados, todos as vacinas são atualizadas e eu mantenho as visitas regulares ao veterinário para cada um deles. Eu viajo a 250 milhas de ida e volta várias vezes por semana para trabalhar e voltar para manter um porto seguro para se viver. Cada um dos meus gastos saíram do meu próprio bolso e faço com muito pouco para que eu possa dar-lhes uma vida feliz, mas nem sempre é fácil.






















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Pequena Elegia


 

Gatos jamais morrem de fato:
Suas almas saem de fininho atrás de alguma alma de rato.
Gatos não morrem:
Sua fictícia morte não passa de uma forma
mais refinada de preguiça.
Gatos não morrem:
Rumo a um nível mais alto é que eles, galho a galho, sobem numa árvore invisível.
Gatos não morrem:
Mais preciso, se somem, é dizer que foram
rasgar sofás no paraíso...
E dormirão lá, depois do ônus de sete bem vividas vidas, seus sete merecidos sonos.

(Nelson Archer)



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Clamidiose Felina


Chlamydia psittaci foi isolada pela primeira vez em 1942 nos Estados Unidos. Essa foi a primeira patogenia respiratória isolada de um gato.

Chlamydia sp pode ser encontrada em combinação com herpesvirus felino e calicivirus felino. As observações clínicas indicam que a clamidiose é uma doença primariamente conjuntival, podendo evoluir para doença respiratória.

PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS:

A Chlamydia sp se multiplica no citoplasma das células do epitélio conjuntivo, causando a sua ruptura e liberando organismos que irão infectar outras células epiteliais. Os gatos adultos podem apresentar a infecção, porém a doença aparece mais freqüentemente em filhotes e gatos jovens. Os filhotes são mais afetados entre 1 mês e três meses de idade, e podem apresentar episódios recorrentes de conjun- tivite. O período de incubação pode chegar a 10 dias. No início apresenta-se somente uma leve descarga ocular serosa e blefaroespasmo, evoluindo para uma descarga ocular purulenta bilateral, corrimento nasal também purulento e espirros ocasionais. A hipertermia pode estar presente durante vários dias no estágio inicial. A conjunti- vite pode persistir por 2 meses ou mais. Viroses respiratórias podem agravar o quadro de infecção por Chlamydia sp e concomitantemente agravar a conjuntivite. A infecção por Chlamydia sp já foi relatada em mucosa gástrica e trato genital, mas o significado clínico permanece desconhecido.

EPIDEMIOLOGIA:

A clamidiose é transmitida entre os gatos por contato direto com as descargas nasais e conjuntivais . A Chlamydia sp pode também ser excretada através das fezes e flui- dos vaginais.

DIAGNÓSTICO:

O diagnóstico pode ser realizado através de culturas de swab conjuntival, teste de ELISA e pesquisa de anticorpos, além da observação clínica e histórico do animal.

TRATAMENTO:

As tetraciclinas são consideradas as drogas de eleição para o tratamento da clami- diose felina. A doxiciclina, recentemente introduzida no meio veterinário, apresenta a vantagem da aplicação única ao dia. A antibioticoterapia deve persistir por 2 sema- nas após o desaparecimento de todos os sintomas. Se o animal afetado estiver em contato com outros gatos, todos os contactantes deverão receber o mesmo trata- mento.

PREVENÇÃO:

Um manejo adequado deve ser seguido para prevenir a infecção local por Chlamydia sp. Todos os animais novos que serão introduzidos em um ambiente contendo outros gatos deverão passar por um isolamento de pelo menos 6 semanas.

Uma vez que a epidemia se instalou no ambiente, a infecção pode persistir por meses ou anos.

CONTROLE:

1. Tratamento de todos os animais infectados e contactantes.

2. Vacinação - Vacina quádrupla felina.

3. Manejo adequado e boa higiene geral.

Fonte: Redevet
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quarta-feira, 9 de junho de 2010

Atenção: Vômitos em Gatos



Todo proprietário de gatos já se deparou com uma surpresa não muito agradável em alguns lugares também não muito comuns: o vômito. Esta é uma queixa bastante comum especialmente na clínica de felinos. Na maioria das vezes há raros episódios, com intervalos de tempo espaçados, que normalmente não tem muito significado clínico quando não está acompanhado de outros sintomas. Porém, se seu bichano vomita pelo menos uma vez por semana, é necessário levá-lo ao veterinário para um check-up e tentar descobrir qual a causa deste sintoma. Observe qual o conteúdo do vômito e se há algum outro sintoma, como a perda do apetite, emagrecimento, diarréia e prostração.

Estamos falando aqui de ocorrências únicas diárias de vômitos, alternados com grande espaço de tempo sem qualquer alteração (quadro crônico), e não quando seu gato começa a vomitar várias vezes num mesmo dia (quadro agudo), pois neste caso você deverá levá-lo imediatamente ao veterinário, para que ele não desidrate.

Alguns animais logo após se alimentarem expelem o alimento ingerido. Isto é chamado de regurgitação, pois o conteúdo não chegou ao estômago e, normalmente, é eliminado com uma forma cilíndrica (forma do esôfago) e o alimento não está digerido. É comum após a regurgitação o gato ingerir este conteúdo novamente (eca! não se assuste, este é um comportamento normal). No caso do vômito, o animal elimina secreção gástrica, a consistência é mais aquosa e pode haver bile, possui um odor um tanto característico e o que foi ingerido pelo gato se encontra digerido.

A recorrência do vômito em gatos pode ter várias razões, pode não ter significado clínico, ou indicar ingestão excessiva de pêlos, por falta de escovação ou por alteração comportamental (o gato arranca os pêlos compulsivamente), ou, ainda, por problemas como alergia alimentar, gastrite, ingestão muito rápida de alimentos, lipidose hepática, obstrução intestinal e outros. Vamos comentar aqui as causas mais freqüentes.

Pêlos: A formação de bolas de pêlo no estômago é a principal causa de vômito. Os gatos ingerem pêlos ao se lamberem e, algumas vezes, esses pêlos causam no estômago alterações na motilidade e irritação da mucosa gástrica (gastrite). A forma simples de se evitar ou minimizar o problema é a escovação diária, a favor e contra o sentido do pêlo. Gatos de pêlos longos apresentam mais problemas, mas os de pêlo curto padecem do mesmo mal. Além da escovação há alguns produtos que ajudam o felino a expelir as bolas de pêlo.

Alergia alimentar: Mudanças súbitas na dieta como a troca de ração também podem desencadear vômitos. Observe se a ocorrência do problema está ligada a estas causas e converse com o veterinário. Existem rações hipoalergênicas no mercado (para animais sensíveis), que diminuem ou evitam a intolerância alimentar. Às vezes uma simples mudança de ração já resolve o problema.

Corpo estranho: Devido à curiosidade dos gatos, existe a possibilidade de ingestão de objetos que podem obstruir o trato digestivo e ocasionar vômitos. O mais comum é a ingestão de corpos lineares (fios, linhas ou barbantes). Esta é uma condição séria, que requer intervenção cirúrgica, mas que pode se iniciar com vômitos esporádicos. Para o correto diagnóstico são necessários radiografias, ultra-sonografia e um exame clínico apurado.

Existem outras causas de vômitos em gatos, como: parasitismo (vermes), pancreatite, distúrbios hepáticos, infecções, medicamentos, toxinas ou plantas. Se você se depara com vômito esporadicamente, mas o apetite, a atividade e o comportamento de seu animal são normais, não há necessidade de preocupação. Faz parte do nosso convívio com eles (embora não seja a parte mais agradável!), mas, se vem acontecendo com freqüência, não hesite em contatar o veterinário. Esta é a atitude mais correta a ser tomada. Seu bichano agradece!

Dra. Patrícia Nuñez Bastos de Souza, médica veterinária.

Publicado por: Revista Pulo do Gato
Imagem: Getty Images

Artigo retirado do blog: Aqui Só Entram Gatos
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sábado, 20 de março de 2010

Ronronterapia

Gatos têm poderes terapêuticos, aliviam o stress, a ansiedade e evitam até doenças cardíacas


Verônica Mambrini

Perseguidos em diferentes épocas e vítimas históricas de preconceito, os gatos estão ganhando absolvição por meio de um papel inesperado: o de terapeutas. Em seu recém-lançado livro “La Ronron Thérapie”, a jornalista francesa Véronique Aïache explica, devidamente ancorada por trabalhos científicos, como o convívio com um bichano pode melhorar a vida das pessoas. Ela relata, por exemplo, pesquisas como a do veterinário francês Jean-Yves Gauchet, que testou o poder do ronrom – o som emanado pelos gatos quando estão em repouso – em 250 voluntários, submetidos a uma gravação de 30 minutos do ruído de Rouky, o gato do veterinário. Ao fim do estudo, os participantes declararam sentir mais bem-estar, serenidade e uma facilidade maior para dormir. O poder tranquilizante dos felinos foi o porto seguro da gerente comercial Cris Sakuraba, 46 anos. “Não desmerecendo o medicamento, mas minha gatinha mudou minha vida”, diz. Cris sofria de ansiedade, stress, depressão e agorafobia (medo de espaços abertos ou aglomerações), doenças que estavam minando sua qualidade de vida.“Agora estou 95% curada dos problemas.” A gatoterapeuta Marisa Paes afirma que é capaz de fazer até quem não gosta dos bichanos se beneficiar da presença deles. “Mesmo quem tem medo de gato me procura. Comigo como mediadora, a pessoa vai se desbloqueando”, afirma.

Os tratamentos terapêuticos envolvendo animais começaram a ser desenvolvidos no Brasil no começo da década de 50, pela psiquiatra Nise da Silveira. O tratamento foi uma alternativa com resultados palpáveis às terapêuticas agressivas, como lobotomia e eletrochoque. “Com o gato ronronando no colo, por exemplo, a pessoa desacelera, pois ocorre a mudança de frequência das ondas cerebrais do estado de alerta para o relaxamento”, diz Hannelore Fuchs, doutora em psicologia e especialista na relação do ser humano com o animal. Faz sentido. A frequência do ronrom é entre 25 e 50 hertz, a mesma utilizadas na medicina esportiva para acelerar cicatrizações e recuperar lesões. No ano passado, a gigante de tecnologia Apple lançou em parceria com o veterinário Gauchet um aplicativo para iPhone que usa o ronrom para amenizar os efeitos que a diferença de fuso horário em viagens provoca. Um estudo de 2008 da Universidade de Minesota, nos Estados Unidos, mostrou que um bichano em casa reduz em até 30% o risco de ataque cardíaco, por ajudar a relaxar e aliviar o stress. Só não pode ser alérgico a pelos.



Fonte: Istoe.com.br
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quarta-feira, 17 de março de 2010

HÁBITOS FELINOS - Saiba as 10 coisas que os gatos não gostam



Dra. Rachel Borges Ribeiro

1 - Utilizar bandeja sanitária com areia acumulada de fezes e urina. A limpeza é essencial para evitar o contato com parasitoses e protozoários. Recomendo também aos proprietário que sempre utilize luvas para efetuar a limpeza.

2 - Utensílios como coleiras, roupas e laços podem ocasionar uma grande hipersensibilidade no animal, efetuando queda de pêlo local.

3 - Ingerir água parada. O felino por instinto possui o hábito de beber água corrente. Indico aos proprietários terem uma fonte pequena e com água filtrada para garantir que o gato esteja bebendo a quantidade necessária de líquido ao dia.

4 - Odores fortes como de alguns produtos de limpeza, sabão em pó e perfumes podem levar o gato a intensas crises respiratórias.

5 - Ficar no colo na posição sentado, com o dorso voltado para baixo, esta postura retira o animal da posição de defesa e equilíbrio em caso de queda.

6 - Escovação dos pêlos com rasqueadeiras, pois elas são muito duras. O animal sente dor e pode ocasionar lesão na derme retirando toda a oleosidade de proteção da pelagem. A indicação adequada seria pente fino semanalmente.

7 - Mudanças bruscas de hábitos alimentares. Este fato é considerado de maior importância, pois os gatos não podem ficar sem comer por 48 horas e podem chegar a apresentar um quadro de Lipidose Hepática.

8 - Serem banhados com água fria, pois a pelagem dupla de algumas raças de gatos conserva a temperatura em sua derme um pouco mais elevada em determinadas épocas do ano, por isso recomenda-se o banho com água morna e produtos hipoalergênicos, escolhendo quando necessário o Pet Shop, onde no momento do banho o GATO não tenha estresse nem contato com os outros animais.

9 - Não manter o animal preso em ambientes pequenos. A necessidade de o felino se exercitar está relacionada ao seu metabolismo.

10 - O gato não costuma dormir muitas horas seguidas na parte da noite, pois possui hábitos noturnos como alimentação, entre outros.

E-mail: vet.rachel@gmail.com


PULO DO GATO - Edição 43 - Janeiro/Fevereiro- página 16 www.revistapulodogato.com.br
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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Primeiros Socorros

Se o gato se machucar ou ficar doente de repente, a sua ação imediata pode salvar-lhe a vida.


Reanimação Cardiopulmonar



Para ser eficiente, a reanimação cardiopulmonar exige rapidez.

- Se o animal parar de respirar, coloque-o do seu lado, abra a boca dele e puxe a língua para um lado. As vias aéreas devem estar desobstruídas.

- Se a boca e as vias aéreas estiverem limpas, feche a boca e coloque a mão em volta do focinho. Assopre delicadamente no nariz e observe o peito inflar. Repita o processo doze vezes por minuto.

- Se o gato estiver sem pulsação, coloque três dedos sobre o coração (mais ou menos na quinta costela) e faça uma pressão média e solte. As costelas devem se comprimir cerca de 2 cm. Repita cinco vezes (se o gato tiver pulsação, mas não estiver respirando, dê-lhe apenas assistência respiratória).

- Faça doze respirações e cinco compressões no peito; continue repetindo até que ele comece a respirar de novo.


Para imobilizar um osso


Um membro quebrado é muito doloroso. Se for possível, não remova o gato até que possa imobilizar o membro.

- Use uma régua, um lápis grosso ou um pedaço de madeira. O ideal é que a madeira não seja maior que a perna do gato.

- Com a gaze, envolva a tala na perna. Não tente esticar a perna: deixe isso para o veterinário.

- Não aperte muito a tala com a gaze para não atrapalhar a circulação.

- Leve o gato ao veterinário o mais rápido possível.


Sangramento


Um sangramento pode ser uma ameaça à vida.

- Se o machucado estiver sangrando, use um chumaço de gaze para fazer uma pressão direta sobre ele até chegar à clínica.

- Se o machucado sangrar continuamente, pressione-o com uma toalha e encare-o como uma emergência grave. Vá imediatamente ao veterinário.

- Se o machucado estiver jorrando sangue, um vaso sanguíneo se rompeu e o gato pode sangrar até a morte. Use um cadarço ou um pedaço de gaze para fazer um torniquete acima da ferida - entre o machucado e o coração. Enrole o torniquete em volta do membro e amarre-o a um lápis, caneta ou régua pequena. Gire a régua de modo que ela aperte o torniquete até que o sangramento diminua. Leve o gato imediatamente à clínica. Se demorar mais de dez minutos para chegar lá, afrouze o torniquete a cada dez minutos para que o sangue circule nesse membro.

Um torniquete pode gerar sérios problemas, porque interrompe a circulação. Só faça um torniquete se a pressão direta não funcionar e o animal estiver correndo o risco de sangrar até a morte.



O Controle



Um animal assustado e machucado pode ferir até mesmo o próprio dono. O modo mais fácil de controlar um gato é com uma fronha. Coloque-o dentro da fronha, deixando apenas a cabeça para fora. Se tiver que cuidar de alguma parte do corpo do gato, enrole-o em uma toalha, cubra seus olhos e deixe descoberta a parte ferida. Isso lhe dará tempo para realizar os cuidados de primeiros socorros. Se cobrir a cabeça do gato, verifique com freqüência se ele pode respirar.



O Transporte


Ao transportar o gato, observe se não está lhe causando ainda mais dor. Coloque algo embaixo dele, como uma bandeja. Para fazer isso, deslize a bandeja para baixo do animal, quase sem movimentá-lo, e leve-o dessa forma até o carro.



Matéria retirada do livro "Cuide bem do seu gato" - Liz Palika - Ed. Publifolha

Fonte: Gatos e Felinos
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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Vídeo: pequeno grande gato



Quem vai dizer que não é um gatinho? Só não espera até crescer!
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quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Esterilização (castração) em Gatos




A decisão por fazer com que o gato seja castrado ou não sempre é do proprietário. A grande quantidade de gatos castrados e bem adaptados é uma indicação das vantagens desse tipo de cirurgia. Aqui procuramos apresentar as principais diferenças entre gatos castrados e não castrados no que se refere ao comportamento em geral.

Gatos não castrados

Fêmeas

Se a fêmea não for castrada, ela provavelmente entrará no cio todos os meses, apresentando um comportamento bastante alterado. Normalmente a fêmea fica miando de uma forma diferente (parecida com aquela que se escuta nos telhados durante a noite), quando acariciada fica com as costas rígidas e expõe o órgão genital, ao colocar a cauda para o lado. Está mais propensa a problemas de saúde relacionados ao sistema reprodutor do que as castradas.

Machos

Se o macho não for castrado, quase sempre ocorre marcação de território com urina (o cheiro do xixi do gato macho é praticamente eterno!) e a relação entre ser intacto e o hábito de marcar território com urina é fortíssima: cerca de 90% dos gatos para de marcar território, quando castrados, sejam machos ou fêmeas (que também urinam para marcar território). Outra coisa comum são as fugas para procurar femeas no cio, onde ele comumente é atropelado, pega doenças ou com sorte fica todo machucado brigando com outros machos.

Gatos castrados

Machos

Os machos param de marcar território, e não saem para procurar fêmeas no cio. A população de gatos de rua pode ser controlada. É verdade que eles engordam um pouco, mas nada muito sério. Os machos ficam mais caseiros, e sua saúde agradece. Castrar um gato não evitará que ele faça passeios e tenha vontade de encontrar outros gatos, expondo-se aos mesmos riscos que aqueles que passeiam por não serem castrados. Não vejo motivos para achar que o animal castrado é infeliz. Pergunte para donos de animais castrados se eles consideram seus animais infelizes por causa da cirurgia. A sexualidade, nos cachorros e gatos, está nos hormônios e não na cabeça (e o que é melhor, não tem nada a ver com o afeto).

Fêmeas

As fêmeas não entrarão no cio, não ficarão prenhes e não terão doenças de útero ou ovários. Seu comportamento se torna mais estável, em geral menos agressivas.


Desvantagens da castração


todo procedimento cirúrgico implica em riscos, na operação e no período pós-operatório

um animal castrado não poderá mais se reproduzir. Tanto o animal quanto os donos não terão essa experiência

o gato castrado pode apresentar um aumento de peso

Fonte: www.cachorrosegatos.com/castracao_felinos.htm



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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Um novo olhar sobre os bichanos - Linguagem Corporal


Linguagem corporal dá dica do que se passa no coração e na mente do animal

1 - Balançar a cauda - Ao fazer isso, um gato não está demonstrando alegria. Muito pelo contrário. Significa que está incomodado com alguma coisa ou pronto para o ataque

2 - Massagear - O gato pressiona superfícies e movimenta as patas. Em geral, demonstra satisfação e contentamento. Filhotes fazem isso enquanto mamam

3 - Rolar - Indica tanto que o gato não tem a intenção de atacar quanto que está submisso, embora a submissão felina indique mais afeição que obediência

4 - Esfregar-se - Expressa afeição e demarcação de território. O contato quase direto com a pele faz com que o cheiro do bichano fique impregnado onde quer que ele se esfregue

5 - Movimentar orelhas - A posição dos órgãos indica a vontade de participar das situações. Altas e viradas na direção do que está acontecendo, indicam interesse. Baixas e viradas para o lado oposto do movimento ou som demonstram indiferença

6 - Miar - Há dezenas de miados. Variam de acordo com a situação e a intenção. Os mais longos e crescentes costumam indicar felicidade, os mais agudos e estridentes podem ser sinal de uma briga com outro gato

7 - Ronronar - Quando afagados, os gatos ronronam para demonstrar deleite e reciprocidade

8 - Morder - Serve para demonstrar afeto, agredir ou brincar. A que indica afeto costuma ser a mais delicada e ocorre enquanto o gato recebe carinho ou sente prazer com a companhia

Fonte: Blog Meu Bixano
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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Rações & Gatos



A ideia tradicional de que o gato de alimenta de peixe e leite, não é mais que um "erro" que convém desmistificar. Todos os felinos são carnívoros e o gato doméstico não é excepção: Como tal, adora carne, tendo requisitos especiais em termos de proteína, vitaminas e gordura. No entanto, essas necessidades vão variando ao longo da vida do animal: um jovem não requer necessariamente os mesmos nutrientes de um adulto, pois nos primeiros meses de vida o seu crescimento é de tal forma acelerado que exige uma maior proporção de vitaminas ,minerais e proteínas.

Durante a primeira etapa da vida (até aos 8 - 10 meses), a completa formação de dentes e esqueleto exige valores de cálcio da ordem dos 1.3% do total da composição do alimento. Em adulto, este mineral é também imprescindível, mas em menor quantidade - cerca de 10%. Só durante os primeiros 3 meses de vida o gatinho deve beber leite: de início o materno e posteriormente (sexta semana), apenas leite próprio para gatos.

A alimentação do gato adulto deve limitar-se à ração leofilizada, vulgarmente designada por "ração seca", "bolinhas" ou "croquetes". Este tipo de alimento, para além de extremamente higiénico e prático (adquire-se em embalagens de poucos gramas a cerca de 15 quilogramas, pronta a fornecer ao animal). Apenas exige a presença de uma tigela com água limpa e fresca.

O recurso a alimentos confeccionados em casa, que tanto prazer dão ao animal, não é a melhor opção. Apesar de adquirirem peixe de qualidade, adicionarem legumes e arroz ou massa, os proprietários não conseguem elaborar uma refeição de acordo com as necessidades do seu gato. Uma dieta dita equilibrada, exige o fornecimento de cerca de 35% de proteína (ovos, frango, cordeiro ou peixe), gordura (por exemplo a de frango que aporta excelentes quantidades de ácidos gordos essenciais à boa qualidade do pêlo. Deve compor aproximadamente 25% numa ração de crescimento mas apenas 7% numa destinada a dieta para emagrecimento), assim como hidratos de carbono, sob a forma de trigo, milho ou arroz.

Os alimentos enlatados, regra geral mais palatáveis, têm um elevado conteúdo em água - chega a atingir 80% - sendo portanto mais degradáveis; Para além desse contra, a adição de corantes e conservantes faz com que animais cujas refeições são quase na totalidade compostas por esse tipo de alimentos, apresentem por vezes distúrbios digestivos, como o timpanismo (acumulação de gases) ou diarreia.

As rações disponíveis no mercado tentam assegurar os valores mínimos admitidos para os diferentes nutrientes. Há, no entanto dois nutrientes que devem ser bem avaliados aquando da escolha da ração a fornecer ao nosso bichano:

- o teor em taurina, ácido aminado essencial aos gatos, pois não o conseguem sintetizar, devendo ser fornecido em durante toda a vida do animal mas principalmente durante o crescimento e velhice (cerca de 2000 mg/kg de alimento) - é muito importante ao bom funcionamento do coração!;

- a concentração em magnésio, mineral imprescindível ao bom funcionamento muscular, mas que em excesso facilita a urolitíase ou seja, a formação de cristais no aparelho urinário. Como a uretra dos gatos, nomeadamente nos machos, é extremamente fina e sinuosa, a existência de cálculos no tracto urinário pode implicar uma obstrução que se não tratada a tempo pode ser letal - verifica-se acumulação de ureia no organismo, a qual vai actuar como um veneno, podendo matar o animal por intoxicação. A ingestão deste mineral deve ser controlada a um máximo de 50 mg diários, o que regra geral é possível com uma boa ração.

Os gatos a partir dos 6 - 7 anos, devem ingerir um alimento mais pobre em calorias, o que é conseguido pela substituição dos teores de gordura por açúcares, ou pelo aumento do fornecimento de fibras. Nestes animais e principalmente se se tratam de machos castrados, há que dar especial atenção à concentração de magnésio e fósforo ingeridas, pois são muito propensos a problemas renais. Como melhor solução, deve-se optar por uma dieta específica cujo valor nestes minerais é reduzido apenas ao que é mesmo necessário ao bom funcionamento do organismo do animal.

Se tivermos em conta todos estes conselhos, o nosso gatinho agradecer-nos-à as deliciosas refeições que lhe fornecemos, mantendo-se saudável e connosco partilhando muitos episódios ao longo da vida.

Fonte: Animais de Estimação
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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Principais doenças dos gatos



Apesar das nossas impressionantes sete vidas, a verdade é que há dias em que também nos vamos abaixo. Por vezes, damos bem nas vistas que não nos estamos a sentir a 100%, mas como também somos muito solitários e não vos queremos preocupar, retiramo-nos e sofremos sozinhos, na esperança que aquilo que nos aflige vai passar rapidamente. Claro que isto nem sempre será o nosso melhor remédio, por isso, e como sempre, contamos com os nossos maravilhosos donos para nos manter saudáveis. Esteja atento aos sintomas que lhe vou apresentar –todos têm a ver com as principais doenças que afetam os gatos – e nunca se esqueça da minha consulta anual no Dr. Veterinário.

Peritonite Infecciosa Felina (PIF)

O que é?
Um vírus que contamina o abdómen, o fígado, rins, cérebro e sistema nervoso, criando, nessas zonas, abcessos e infecções. A transmissão pode ocorrer de duas formas: através do contacto do gato saudável com as fezes de um felino contaminado (por exemplo, se existem vários gatos a partilhar a mesma liteira) ou através da amamentação, em que a gata infecta as suas crias.

Sintomas?
Perda de apetite, emagrecimento, anemia, diarreia, febre constante, abdómen distendido, gânglios linfáticos aumentados (até dá suores frios só de pensar!).

Cura?
Infelizmente, esta é uma doença fatal para nós, não existindo qualquer cura. Uma vez diagnosticada, podemos não viver muito mais tempo. Aqueles que conseguem fazer frente à PIF, podem viver mais dois anos no máximo, com a ajuda de um tratamento de apoio.


Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV)

O que é?
Afetando exclusivamente os gatos, o FIV é um vírus que diminui drasticamente as nossas capacidades imunitárias, o que proporciona o fácil aparecimento de infecções e outras doenças. É transmitido por um gato infectado, nomeadamente na transmissão de sangue, sendo este género de contacto extremamente frequente durante as “lutas” de gatos onde as nossas “mordidelas” provocam feridas abertas.

Sintomas?
Podemos viver muitos anos (até cinco!) antes de descobrirmos se somos FIV positivos mas, se sintomas como falta de apetite, emagrecimento, febre, diarreia ou dificuldades respiratórias persistirem, é melhor levar-me ao Dr. Veterinário para fazer o teste.

Cura?
Uma vez transmitido, o vírus aloja-se no nosso corpo para sempre. Não existe cura, mas podemos viver uma vida normal e longa, desde que o nosso dono nos proporcione uma alimentação saudável e equilibrada, complementada com suplementos vitamínicos; que assegure que as nossas vacinas estejam sempre em dia, mantendo-se sempre atento à nossa condição física; e, claro, manter-nos dentro de casa (não se preocupe, nós até gostamos!) para não correr o risco de ficarmos doentes e para não podermos infectar nenhum dos nossos conterrâneos.


Vírus da Leucose Felina (FeLV)

O que é?
Tal como o FIV, também o FeLV é imunodepressivo, retirando ao nosso sistema imunitário, de forma gradual, a capacidade de se defender contra as doenças ou infecções mais banais, podendo essas ser, muitas vezes, fatais. Para além de um maior risco na contracção de infecções várias, o FeLV está também associado ao desenvolvimento de tumores ou leucemias mortais. Este vírus, que só pode ser transmitido entre gatos, transmite-se pela saliva, lágrimas, urina, fezes ou através do leite, na fase da amamentação.

Sintomas?
A descoberta do vírus do FeLV é normalmente antecedida por sintomas como: perda ou falta de apetite, anemia, diarreia, doença respiratória crónica, infecções crónicas da boca, abcessos persistentes e recorrentes. No entanto, cerca de 25 a 30% dos gatos contagiados rejeitam o vírus, evitando assim a infecção; aproximadamente 30% mantém uma concentração elevada do vírus no sangue, com o risco de contrair linfoma ou outra doença associada ao FeLV; os restantes 40% desenvolvem uma infecção que acaba por passar, mas tornam-se portador do vírus, que poderá ser facilmente activado se o nosso sistema imunitário estiver debilitado ou exposto a outras doenças. Tenho o pêlo todo em pé só de pensar…

Cura?
Não existindo ainda qualquer cura, dependemos dos cuidados paliativos e de alguns cuidados básicos como a boa alimentação e alguns suplementos vitamínicos; evitar o contacto físico com outros animais; não partilhar comedouros, bebedouros, brinquedos e liteiras; e manter-nos dentro de casa. Em média, um portador deste vírus vive dois anos, mas existem estudos que apontam para uma taxa de sobrevivência de três anos e meio para cerca de 83% dos felinos. Entretanto, existe uma vacina contra o FeLV que o seu gato pode e deve levar. Informe-se junto do Dr. Veterinário – nós agradecemos!


Síndrome Urológico Felino (SUF)

O que é?
Engloba um conjunto de problemas inflamatórios no sistema urinário dos gatos, nomeadamente a cistite (inflamação da bexiga), a infecção (o sangue, o muco e outros produtos associados à zona inflamada proporcionam a multiplicação de bactérias); urolitiase/bloqueio utretral (a cristalização de minerais e a irritação da bexiga e da uretra provocam a formação de cálculos que podem entupir ou dificultar a saída de urina); uremia (acumulação de detritos intoxicantes no sangue, o que é muito perigoso; a inabilidade de urinar significa a acumulação de urina na bexiga e a incapacidade dos rins eliminarem os resíduos).

Sintomas?
Uma enorme dificuldade em urinar (mesmo pequenas quantidades!) ou a incapacidade de o fazer por completo. Se verificar que não urino no local habitual ou se a minha urina está manchada de sangue, leve-me ao Dr. Veterinário! No caso da uremia, existem ainda outros sintomas – depressão, vómito, fraqueza e colapso – que podem levar ao coma ou à morte.

Cura?
Sendo uma doença bastante comum nos gatos, é facilmente tratada (uuuffff!), a começar pela administração de medicamentos adequados e que o Dr. Veterinário receitará. Só em casos extremos é que posso necessitar de uma intervenção cirúrgica (desde que me vá visitar!). Para evitar o SUF por completo, bastam alguns cuidados simples: uma alimentação salutar, rações de elevada qualidade, a ingestão de muita água, ambientes anti-stress e anti-doenças.


Diabetes

O que é?
A diabetes é uma doença causada pelo aumento da quantidade de glicose sanguínea, ou seja, de açúcar no sangue. No entanto, é melhor definida como a incapacidade do pâncreas de produzir insulina, a hormona que regula os níveis de sangue no açúcar. À medida que a glicose se vai acumulando, e na falta da preciosa insulina, o organismo tenta eliminá-la das mais variadas formas e aí surgem os diferentes sintomas. Para além da predisposição genética, a diabetes ataca principalmente os gatos obesos.

Sintomas?
Normalmente, esta doença evidencia-se nos gatos a partir dos seis anos de idade, manifestando-se através de uma sede excessiva, o que os leva a urinar muito mais do que o habitual; juntamente com a perda de peso, apesar do seu apetite normal, que entretanto pode ter aumentado.

Cura?
Como em qualquer situação relacionada com a saúde, quanto mais cedo for detectada a doença, mais depressa se começa a tratá-la convenientemente. Felizmente para nós (e para vocês também!) a diabetes é uma condição que pode ser perfeitamente controlada! Como? Vou ter de tomar insulina e seguir uma dieta específica durante o resto da minha vida. Se me ajudar, eu consigo!


Obesidade

O que é?
Um em cada dez gatos é obeso, ou seja, tem peso a mais (terá a ver com a dupla comer e dormir!?) e as causas são várias: vida sedentária, muitas guloseimas e restos de comida na alimentação, deixar o prato de comida sempre à nossa disposição, o dar de comer entre refeições ou cada vez que nós pedimos (sim, sabemos fazer isso melhor que ninguém!).

Sintomas?
Este desequilíbrio nutricional que depressa se evidencia através da acumulação de gorduras indesejadas e pouco saudáveis, pode ter efeitos nocivos a longo prazo: diabetes, problemas pulmonares, dificuldades cardíacas, problemas locomotores e articulares. E qualquer uma destas doenças diminui drasticamente a nossa esperança de vida (nem as outras seis vidas nos podem salvar aqui!).

Cura?
Não há outro remédio senão incutir bons hábitos no quotidiano do seu felino… não sei se gosto muito do que estou a ler, mas como diz o outro: “primeiro estranha-se depois entranha-se”! Estabelecer um horário fixo para as refeições, que devem ser apenas duas por dia; e incentivar os gatos a brincarem e a algum exercício físico regular.

Fonte: http://ronronar.com/artigos/principais-doencas-gatos
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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Sistema de Comunicação dos Gatos




 Estudo revela que os gatos desenvolveram um sistema de comunicação elaborado, com centenas de vocalizações diferentes para comunicar aos humanos o que pretendem.
Os gatos também podem aprender a entender o que queremos se repetirmos sempre as palavras e acções de modo consistente. Desta maneira, poderemos comunicar com os gatos um diálogo que, apesar de exigir tempo e esforço, é gratificante para ambos.

Passos:

1. Lembre-se que o som não é o modo preferido de comunicação de seu gato. A língua nativa dos gatos é um sistema complexo de expressão corporal, cheiros, expressões faciais e toque, enquanto nós humanos usamos primariamente o som. Os gatos rapidamente percebem que não entendemos os sinais não-verbais que eles usam uns com os outros, e vocalizam numa tentativa de comunicar na nossa língua. Ao observar qual reação cada som causa em nós, o gato está sempre aprendendo a fazer pedidos (ou exigências)

2. Escute seu gato. Se observar o que está fazendo enquanto mia, poderá aprender a associar a forma de miar e o aquilo que o seu gato pretende. Cada gato é diferente e pode ter suas variações, mas algumass formas de miar comuns incluem:

* Miado curto - cumprimento.
* Miados múltiplos - cumprimento excitado.
* Miado em tom médio - pedido por algo.
* Ronronado puxado - um pedido por algo.
* Ronronado grave - uma reclamação.
* Ronronado agudo - raiva ou dor.
* Murmúrio (movimentos rápidos de mandíbula, "falando" entre os dentes) - excitação ou frustração (como quando uma presa está fora de alcance ou escapa).
* Trinado (um cruzamento entre um miado e um ronronado com uma inflexão ascendente) - cumprimento amigável.
* Ronronado suave - convite para contato ou atenção.

3. Observe seu gato. Por serem mais fluentes com linguagem corporal, certos gestos vão acompanhar a vocalização para reforçar a mensagem.

* Cauda para cima - feliz
* Cauda balançando - excitado ou ansioso
* Olhos piscando - afecto.
* Orelhas para trás - alarmado
* Passar a cabeça, flanco e cauda em uma pessoa ou animal - ritual de saudação
* Bater a cabeça - amizade, afeto
* Cheirar o rosto - confirmando identidade
* Orelhas para trás e deitadas - medo e ansiedade

4. Converse com ele.

* Use um tom de voz ligeiramente mais alto para indicar amizade e um tom mais grave para indicar descontentamento ou agressividade.

* Repita sempre a mesma palavra (por exemplo 'dormir' ou 'cama'), a cada vez que for dormir, e eventualmente o gato vai associá-la com suas acções.

* Se piscar os olhos devagar enquanto estabelece contato visual com oseu gato, ele vai normalmente responder aproximando-se para seracariciado, pois as piscadas são muito amistosas.

5. Seja consistente. Por exemplo, os gatos normalmente pedem antes de entrar no espaço pessoal do outro, e um erro comum dos donos é dizer "não" mas assim mesmo acariciar o gato. Isto confunde o animal. Faça um não rápido e afaste o gato com firmeza, sem mostrar afecto, e é suficiente. A maioria dos gatos tenta duas ou três vezes invadir o espaço de alguém, frequentemente de direções diferentes. Tenha paciência ao dizer "não".

* Se eles fizerem algo que não aprova, borrife um pouco de água. Os gatos e a água raramente vão à bola juntos.

* Se não gostar da idéia de borrifar água no gato, desenvolva um "tom de voz de comando" para usar com seu gato quando ele estiver fazendo algo de errado. Use uma voz natural, fácil de repetir, mas que se distingua da sua voz normal. Se usar esta voz de comando seriamente e só quando necessário, o gato vai aprender a reconhecer quando está fazendo algo que lhe desagrada.

* Outro "não" fácil de fazer que todos os gatos reconhecem é um chiado rápido e agudo como o que é feito por eles mesmos quando dizem 'não'.

Esta lista não é, de modo algum, uma descrição exaustiva de gestos e vocalizações dos gatos, e pode não se aplicar a seu bichano. O sistema de comunicação felino é surpreendentemente complexo e se extende além do âmbito deste artigo.

fonte: wikihow.com
(léxico adaptado)
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sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Ciclo de Vida dos Gatos




Gatos Jovens
(até 3 anos)

Seu gatinho de estimação ainda é um filhote (ou quase!). Portanto, muita paciência e cuidado com ele. Em geral, gatos aprendem muito rápido o local para fazer suas necessidades (caixa de areia) e isso pode facilitar bastante as coisas no início.

Não se esqueça de que ele necessita de um alimento balanceado próprio para filhotes (ração para gatos filhotes até cerca de 1 ano de idade), vacinação e cuidados veterinários. Falando nisso, ter um médico veterinário que acompanhe seu filhote durante essa primeira fase de vida é muito importante.

E não se esqueça! Gatos são grandes brincalhões. Forneça brinquedos próprios para ele, como bolinhas ou pequenos animais sintéticos. Você vai ver que uma simples bolinha de papel já pode ser uma diversão!


Gatos Adultos
(de 4 anos até 9 anos)

Seu gato já está adulto. Nessa fase de desenvolvimento ele chegará à maturidade física e sexual. Não se esqueça de que caso não esteja pensando em ter mais gatinhos em casa, deve-se procurar o médico veterinário e conversar com ele sobre a castração de seu pet.

Mantenha seu amigo com as vacinas e visitas ao médico veterinário sempre em dia, ou seja, pelo menos uma vez por ano.


Gatos Idosos
(a partir dos 10 anos)

Seu gato já está idoso. Você poderá dizer:"Puxa, nem vi o tempo passar". Na verdade, isso apenas significa que ele já está numa fase de vida mais madura e que alguns cuidados são importantes para que ele viva muitos anos.

Não se esqueça de que existem rações próprias para gatos idosos e que os cuidados com a dentição e a nutrição de seu amigo são muito importantes. Deve-se lembrar de levá-lo ao veterinário pelo menos uma vez ao ano para as vacinações e exame geral , o que serve para prevenir ou diagnosticar precocemente qualquer doença.


Fonte: Merial Brasil



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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Fatos e mitos acerca dos gatos

O que se diz por ai dos nossos amigos felinos...

será verdade?

Autor: Sofia Marques (médica veterinária): Animais e Companhia


Existem certas crenças populares acerca dos nossos amigos felinos. Verdade? Mentira? Analisemos algumas deles:

O gato ronrona porque está contente.


Falso. Certos gatos em sofrimento também ronronam. O ronronar indica uma disposição social amigável e pode ser dado como sinal para, por ex., um gato veterano, informando que certo gato com problemas tem necessidade de amizade, ou pode constituir um sinal para o dono, exprimindo o agradecimento pela amizade obtida. O ronronar traduz um comportamento infantil. Os gatinhos ronronam a partir da primeira semana de vida e isso indica à mãe que tudo está bem com a sua prole. Já nos gatos adultos isso traduz uma certa dependência do contacto entre os donos e os gatos.

Os gatos arranham o sofá por puro prazer.

Verdadeiro. O gato arranha a superfície que ele entende que lhe dá boa chance de eliminar as unhas velhas, renovando as garras. Também o faz para marcar território, colocando aí “marcas de cheiro” imperceptíveis aos nossos precários narizes, visto que os felinos possuem glândulas odoríficas na parte inferior das patinhas. Quanto mais o gato usa essa superfície, mais é atraído a ela, pois possui o seu cheiro. O gato também arranha como forma de exercício, espreguiçando-se.

Os gatos são traiçoeiros: quando se oferecem de barriga, mordem quem lhes faz festas.

Falso. O gato deita-se de costas oferecendo a barriga apenas a quem ele considera amigo íntimo. É como se o seu gato dissesse: “ eu mostro-te a minha barriga em demonstração da minha confiança em ti, por adotar esta postura tão vulnerável na tua presença”. Mas uma coisa é mostrar, outra bem diferente é deixar acariciar! Nem sempre é seguro concluir que um gato nessa posição espera ser acariciado. Muitas vezes a resposta é uma violenta sapatada com as patas traseiras. A região abdominal é tão fortemente protegida que os gatos não apreciam contatos nessa zona. Por isso eles estabelecem um limite que os donos nem sempre entendem: podem ver, mas não devem tocar!

Os gatos adultos tateiam o colo dos donos com as patas dianteiras confundindo o dono com a própria mãe.


Verdadeiro. É deveras aborrecido quando o nosso gato salta para o nosso colo, tendo as unhas compridas, desata a “amassar-nos” com aquelas unhas, baba-se todo e nós ficamos com as pernas doridas e acabamos por mandá-lo para o chão! O pobre gato fica mesmo desapontado! Porquê? Na realidade ele julga que nós somos a mãe-humana dele. São esses os movimentos que ele tinha quando mamava na mãe, a fim de espremer o leite. O babar-se revela a atitude de mamar. Esta reminiscência de comportamento infantil deve-se ao fato que os gatos caseiros continuam a ser cuidados e alimentados por nós humanos, e o gato adulto permanece gatinho em muitos sentidos, encarando-nos como falsas mães. Não faça o gato infeliz! Corte-lhe as unhas e deixe-o “pisar o leite” no seu colo, coitado!

Os gatos enterram os excrementos porque são asseados


Falso. Em primeiro lugar é para eliminar o cheiro que exalam. Na realidade, se estivermos perante um gato dominante, ele NÃO ENTERRARÁ os seus excrementos, deixando-os bem à vista para marcar território. O fato dos nossos gatos enterrarem tão bem os excrementos revela o quanto eles se sentem subordinados em relação a nós. Acham-nos fisicamente mais fortes e sabem que controlamos o seu modo de vida (especialmente porque somos nós que lhes fornecemos o seu alimento). Quando um gato deixa as fezes por enterrar é sinal que algo está errado. Pode ser uma questão de auto-afirmação, dominância em relação a outro animal lá em casa ou pode ter aversão ao material absorvente que existe no caixote.

Os gatos cuidam do pêlo por uma questão de higiene.


Verdadeiro. Mas não só. Realmente lamber o pêlo amacia-o, permite que ele seja uma capa de isolamento contra as intempéries, mas também ao molhar o pêlo, o gato refresca-se nos dias de maior calor. O gato também se lambe para aliviar o stress. Daí que gatos muito enervados se lambam compulsivamente. Este será um caso a ser visto pelo médico veterinário, se o gato se lamber tanto a ponto de ficar sem pêlo em certas zonas.

Os gatos também se lambem para ficar com o seu próprio cheiro, ou para eliminar outros cheiros que estejam no pêlo. É o caso do gato que vai lamber o pêlo depois dono lhe ter feito uma festa. O animal vai eliminar o cheiro da mão do dono, substituindo-o pelo cheiro da sua saliva. Os gatos lambem-se para estreitar o seu relacionamento social. Há que ter em atenção a formação das temidas bolas de pêlo no estômago. Fale com o veterinário acerca de uma pasta de malte para a sua eliminação.

Os gatos abanam a cauda quando estão zangados.


Verdadeiro. O abanar a cauda reflete um estado agudo de conflito mental. Colocado perante uma situação difícil em que o animal pode ter duas reacções possíveis, o gato fica quieto e abana a cauda. Quando uma decisão é tomada, acaba o conflito e a cauda fica quieta. Por exemplo, o gato está a ser acariciado. Não lhe apetece receber festas. Ele entra em conflito: ou morde para desencorajar o dono ou foge. A cauda começa a chicotear. Assim que resolve o problema, deixa de abanar a cauda.

Os gatos odeiam as portas.


Verdadeiro. As portas são um entrave à vida social normal do gato! Por vezes o gato mia para sair de casa. Assim que sai, ao fim de 10 minutos já está a miar para voltar a entrar. Nada mais natural se entendermos o motivo. O gato quer inspecionar as suas redondezas, recolher informações e avivar as marcas dele deixadas no seu território. Uma curta vistoria para cumprir com todos estes objetivos é o suficiente para pôr o bichano feliz. E é claro, ele não troca o conforto do lar pelo perigoso exterior!

Os gatos só vêm a preto e branco


Falso. Estudos recentes provaram que os gatos conseguem distinguir entre o vermelho e o verde, o vermelho e o azul, o vermelho e o cinzento, o verde e o azul, o azul e o cinzento, o amarelo e o azul e o amarelo e o cinzento. Mas seja como for, as cores não são tão importantes na vida dos gatos como são na nossa.

As gatas com o cio miam por que estão a sofrer


Falso. O miado constante bem como o ato de se rebolar constitui um comportamento sexual feminino felino normal. É preciso notar que os gatos em circunstâncias normais são silenciosos e até passam despercebidos. A sua comunicação depende muito de sinais olfatórios e não tanto de sons, tal como se passa nos cães. A fim de atrair os machos, as fêmeas em cio têm de adquirir posturas “anormais”, fazendo barulho, rebolando-se, exibindo-se, tudo para atrair os machos. O miado não envolve sofrimento nenhum, assim como qualquer fêmea de qualquer espécie animal com cio não sofre dores nenhumas.

Ter um gato reduz o stress e melhora a saúde do dono


Verdade. O contato físico com um animal reduz bastante o stress dos donos. Basta acariciar um gato para de fato reduzir naturalmente a pressão arterial! Os benefícios para milhões de pessoas que sofrem de doenças cardiovasculares é indescritível. De vez em quando alguns de nós ficamos feridos e traumatizados psicologicamente. Por vezes deixamos até de confiar nos seres humanos, de tantas decepções nos causarem... para estas pessoas, uma ligação com um gato pode proporcionar grandes recompensas, destruindo as suspeitas e sarando feridas antigas. Cuidar de um animal descontrai e até é usado como terapia em certas instituições de saúde que cada vez mais utilizam os animais como fonte de terapia e apoio psicológico a doentes internados.



Fonte: Arca de Noé
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