“Quem pode acreditar que não há uma alma atrás daqueles olhos luminosos?” – Theophile Gauthier

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Caboodle Ranch: A Cidade dos Gatos



Um paraíso na terra para os gatos. Um lugar que deixa qualquer pessoa amante de gatos ou dos animais em geral extremamente feliz. Depois que se passa uma vida inteira vendo os maus tratos aos animais, o sofrimento de gatos de ruas e muitas outras tragédias, conhecer o Rancho Caboodle - mesmo por fotos ou vídeo - é um colírio para os olhos, é um Oasis em meio ao deserto. E pensar que esse paraíso surgiu da idéia de uma única pessoa é fantástico.

A idéia do rancho ou fazenda para os gatos, que na verdade mais parece uma cidade dos gatos, localizada em Jacksonville, Florida, surgiu por acaso em 2003 e de lá para cá se expandiu para um verdadeiro santuário de 30 acres que abriga mais de 500 gatos abandonados ou sem lar. Seu fundador, Craig Grant, é que mantém o custeio quase que total do santuário. Esse senhor simpático grande amante dos animais vê toda sua felicidade e realização em ver a felicidade e boa vida que levam os gatos neste local.

Com muita habilidade e criatividade o próprio Grant construiu a maior parte do lugar e o mantém embora precise trabalhar fora para manter-se e aos gatos. A maioria dos gatos que vivem no local era gatos de rua ou abandonados que viviam vagueando sem teto. Outros ainda vieram parar no local porque por algum motivo seus donos não puderam ficar com eles.

A manutenção do rancho consume cerca de 6.000 dólares por mês, que Grant consegue às vezes com muito sacrifício, tudo para conseguir dar uma boa vida para os bichanos que tanto ama. Na verdade esse grande herói dos gatos afirma que às vezes ele nem tem dinheiro para comer, mas não deixa faltar aos gatos. Em seu blog – Um dia na fazenda – ele descreve os desafios cotidianos da manutenção de seus gatos, de suas preocupações quando tem que viajar e deixar os gatos e muitas outras coisas.

Apesar dos sacrifícios, e da pouca ajuda que recebe, os gatos são bem cuidados. Castrados, com atendimento veterinário para cada um deles, alimentação, água e um lugar de sonho que inclui árvores e até casinhas para abrigá-los das intempéries. Claro que com tudo isso os gatos o adoram, basta ver que o seguem por toda parte e o reconhecem de longe. É algo maravilhoso de se ver quando Grant está no meio deles.

Por incrível que pareça, a história desse homem maravilhoso e seus gatos nasceu por acaso. Aliás, ele nem sequer gostava de gatos. Eis como ele narra sua história no site Rancho dos Gatos.

Conheça a história contada por Grant, seu idealizador
Eu estava alugando uma casa de condomínio a dois passos da praia com meu filho. Tinha todos os confortos e conveniências do lar. Quarto mobiliado, a um curto passeio até a praia e perto do trabalho. Então, meu filho saiu por conta própria pela primeira vez. Ele deixou sua gata comigo, porque ele não podia levá-la com ele. Eu não gostava de gatos, mas concordei em ficar com ela. Eu não estava acostumado a ficar sozinho e a gata Pepper não era qualquer uma. Nós lentamente começamos nos dar bem. Alguns meses se passaram e eu descobri que ela estava grávida. Oh grande, e agora? Ela teve cinco gatinhos. Eu queria dar-lhes sumiço, porque eu não queria a minha linda casa destruída, mas meu filho disse-me que tinha que ficar com a mãe durante 8 semanas. Durante esse tempo eu aprendi que cada gato tem sua personalidade própria e não demorou muito para que os gatinhos estivessem balançando as minhas cortinas. Eu não me importava. Algo tinha mudado... Eu não queria abandoná-los.

Mas, com seis gatos, as reclamações começaram com o proprietário do condomínio e os vizinhos. Eu sabia que tinha que procurar outro lugar para ir. Eles não estavam seguros na vizinhança.

Encontrei um de meus gatos machucado e outro foi mordido por um pitbull que eu sei que foi solto para esse fim. Algo precisava ser feito.

Eu não sabia o que fazer em primeiro lugar, assim eu construí um barracão no quintal do meu filho e vivi nele por um tempo. Então eu encontrei um anúncio de um corretor de imóveis oferecendo cinco acres em uma fazenda com árvores; financiada direto do proprietário, a baixo custo mensal... O problema era que ele estava 100 quilômetros a oeste de Jacksonville.

Saí para ver e adorei. Ao longo dos próximos meses, eu comprei mais cinco terrenos. Agora tenho 25 acres.
Limpei uma pequena área e comprei um trailer como um refúgio para meus gatos. Eu coloquei nele uma porta de animal de estimação e prateleiras acolchoadas para eles. Nessa época eu tinha 11 gatos. Eu tinha ficado com gatos abandonados e errantes da vizinhança e das áreas que eu trabalho como um empreiteiro. Eu tinha 22 gatos até a primavera de 2004.
Não tenho mais nenhum dos meus móveis antigos; itens materiais não são importantes para mim mais. Meus gatos me fizeram mais feliz do que nunca. Eles realmente são os melhores amigos que eu já tive.
Caboodle Fazenda agora é um santuário permanente para os gatos que têm sido chutados por pessoas sem coração. Há muitas histórias tristes entre todos os gatos que eu adotei. Alguns quase morreram de fome, alguns deles se encontravam feridos. Eu vi muitos fechados em jaulas durante meses em abrigos de animais e fiquei com alguns deles também.

Os gatos devem ser capazes de andar livremente, e em Caboodle Ranch, é o que eles fazem. Estamos no meio de 100 hectares de fauna. Os gatos me seguem através das trilhas naturais que eu coloquei e mantenho, sobem em árvores fortes que eu construí e se escondem em tocas escavadas no subsolo que tenho feito para eles.

Todos os gatos foram esterilizados ou castrados, todos as vacinas são atualizadas e eu mantenho as visitas regulares ao veterinário para cada um deles. Eu viajo a 250 milhas de ida e volta várias vezes por semana para trabalhar e voltar para manter um porto seguro para se viver. Cada um dos meus gastos saíram do meu próprio bolso e faço com muito pouco para que eu possa dar-lhes uma vida feliz, mas nem sempre é fácil.






















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Pequena Elegia


 

Gatos jamais morrem de fato:
Suas almas saem de fininho atrás de alguma alma de rato.
Gatos não morrem:
Sua fictícia morte não passa de uma forma
mais refinada de preguiça.
Gatos não morrem:
Rumo a um nível mais alto é que eles, galho a galho, sobem numa árvore invisível.
Gatos não morrem:
Mais preciso, se somem, é dizer que foram
rasgar sofás no paraíso...
E dormirão lá, depois do ônus de sete bem vividas vidas, seus sete merecidos sonos.

(Nelson Archer)



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Clamidiose Felina


Chlamydia psittaci foi isolada pela primeira vez em 1942 nos Estados Unidos. Essa foi a primeira patogenia respiratória isolada de um gato.

Chlamydia sp pode ser encontrada em combinação com herpesvirus felino e calicivirus felino. As observações clínicas indicam que a clamidiose é uma doença primariamente conjuntival, podendo evoluir para doença respiratória.

PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS:

A Chlamydia sp se multiplica no citoplasma das células do epitélio conjuntivo, causando a sua ruptura e liberando organismos que irão infectar outras células epiteliais. Os gatos adultos podem apresentar a infecção, porém a doença aparece mais freqüentemente em filhotes e gatos jovens. Os filhotes são mais afetados entre 1 mês e três meses de idade, e podem apresentar episódios recorrentes de conjun- tivite. O período de incubação pode chegar a 10 dias. No início apresenta-se somente uma leve descarga ocular serosa e blefaroespasmo, evoluindo para uma descarga ocular purulenta bilateral, corrimento nasal também purulento e espirros ocasionais. A hipertermia pode estar presente durante vários dias no estágio inicial. A conjunti- vite pode persistir por 2 meses ou mais. Viroses respiratórias podem agravar o quadro de infecção por Chlamydia sp e concomitantemente agravar a conjuntivite. A infecção por Chlamydia sp já foi relatada em mucosa gástrica e trato genital, mas o significado clínico permanece desconhecido.

EPIDEMIOLOGIA:

A clamidiose é transmitida entre os gatos por contato direto com as descargas nasais e conjuntivais . A Chlamydia sp pode também ser excretada através das fezes e flui- dos vaginais.

DIAGNÓSTICO:

O diagnóstico pode ser realizado através de culturas de swab conjuntival, teste de ELISA e pesquisa de anticorpos, além da observação clínica e histórico do animal.

TRATAMENTO:

As tetraciclinas são consideradas as drogas de eleição para o tratamento da clami- diose felina. A doxiciclina, recentemente introduzida no meio veterinário, apresenta a vantagem da aplicação única ao dia. A antibioticoterapia deve persistir por 2 sema- nas após o desaparecimento de todos os sintomas. Se o animal afetado estiver em contato com outros gatos, todos os contactantes deverão receber o mesmo trata- mento.

PREVENÇÃO:

Um manejo adequado deve ser seguido para prevenir a infecção local por Chlamydia sp. Todos os animais novos que serão introduzidos em um ambiente contendo outros gatos deverão passar por um isolamento de pelo menos 6 semanas.

Uma vez que a epidemia se instalou no ambiente, a infecção pode persistir por meses ou anos.

CONTROLE:

1. Tratamento de todos os animais infectados e contactantes.

2. Vacinação - Vacina quádrupla felina.

3. Manejo adequado e boa higiene geral.

Fonte: Redevet
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quarta-feira, 9 de junho de 2010

Atenção: Vômitos em Gatos



Todo proprietário de gatos já se deparou com uma surpresa não muito agradável em alguns lugares também não muito comuns: o vômito. Esta é uma queixa bastante comum especialmente na clínica de felinos. Na maioria das vezes há raros episódios, com intervalos de tempo espaçados, que normalmente não tem muito significado clínico quando não está acompanhado de outros sintomas. Porém, se seu bichano vomita pelo menos uma vez por semana, é necessário levá-lo ao veterinário para um check-up e tentar descobrir qual a causa deste sintoma. Observe qual o conteúdo do vômito e se há algum outro sintoma, como a perda do apetite, emagrecimento, diarréia e prostração.

Estamos falando aqui de ocorrências únicas diárias de vômitos, alternados com grande espaço de tempo sem qualquer alteração (quadro crônico), e não quando seu gato começa a vomitar várias vezes num mesmo dia (quadro agudo), pois neste caso você deverá levá-lo imediatamente ao veterinário, para que ele não desidrate.

Alguns animais logo após se alimentarem expelem o alimento ingerido. Isto é chamado de regurgitação, pois o conteúdo não chegou ao estômago e, normalmente, é eliminado com uma forma cilíndrica (forma do esôfago) e o alimento não está digerido. É comum após a regurgitação o gato ingerir este conteúdo novamente (eca! não se assuste, este é um comportamento normal). No caso do vômito, o animal elimina secreção gástrica, a consistência é mais aquosa e pode haver bile, possui um odor um tanto característico e o que foi ingerido pelo gato se encontra digerido.

A recorrência do vômito em gatos pode ter várias razões, pode não ter significado clínico, ou indicar ingestão excessiva de pêlos, por falta de escovação ou por alteração comportamental (o gato arranca os pêlos compulsivamente), ou, ainda, por problemas como alergia alimentar, gastrite, ingestão muito rápida de alimentos, lipidose hepática, obstrução intestinal e outros. Vamos comentar aqui as causas mais freqüentes.

Pêlos: A formação de bolas de pêlo no estômago é a principal causa de vômito. Os gatos ingerem pêlos ao se lamberem e, algumas vezes, esses pêlos causam no estômago alterações na motilidade e irritação da mucosa gástrica (gastrite). A forma simples de se evitar ou minimizar o problema é a escovação diária, a favor e contra o sentido do pêlo. Gatos de pêlos longos apresentam mais problemas, mas os de pêlo curto padecem do mesmo mal. Além da escovação há alguns produtos que ajudam o felino a expelir as bolas de pêlo.

Alergia alimentar: Mudanças súbitas na dieta como a troca de ração também podem desencadear vômitos. Observe se a ocorrência do problema está ligada a estas causas e converse com o veterinário. Existem rações hipoalergênicas no mercado (para animais sensíveis), que diminuem ou evitam a intolerância alimentar. Às vezes uma simples mudança de ração já resolve o problema.

Corpo estranho: Devido à curiosidade dos gatos, existe a possibilidade de ingestão de objetos que podem obstruir o trato digestivo e ocasionar vômitos. O mais comum é a ingestão de corpos lineares (fios, linhas ou barbantes). Esta é uma condição séria, que requer intervenção cirúrgica, mas que pode se iniciar com vômitos esporádicos. Para o correto diagnóstico são necessários radiografias, ultra-sonografia e um exame clínico apurado.

Existem outras causas de vômitos em gatos, como: parasitismo (vermes), pancreatite, distúrbios hepáticos, infecções, medicamentos, toxinas ou plantas. Se você se depara com vômito esporadicamente, mas o apetite, a atividade e o comportamento de seu animal são normais, não há necessidade de preocupação. Faz parte do nosso convívio com eles (embora não seja a parte mais agradável!), mas, se vem acontecendo com freqüência, não hesite em contatar o veterinário. Esta é a atitude mais correta a ser tomada. Seu bichano agradece!

Dra. Patrícia Nuñez Bastos de Souza, médica veterinária.

Publicado por: Revista Pulo do Gato
Imagem: Getty Images

Artigo retirado do blog: Aqui Só Entram Gatos
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sábado, 20 de março de 2010

Ronronterapia

Gatos têm poderes terapêuticos, aliviam o stress, a ansiedade e evitam até doenças cardíacas


Verônica Mambrini

Perseguidos em diferentes épocas e vítimas históricas de preconceito, os gatos estão ganhando absolvição por meio de um papel inesperado: o de terapeutas. Em seu recém-lançado livro “La Ronron Thérapie”, a jornalista francesa Véronique Aïache explica, devidamente ancorada por trabalhos científicos, como o convívio com um bichano pode melhorar a vida das pessoas. Ela relata, por exemplo, pesquisas como a do veterinário francês Jean-Yves Gauchet, que testou o poder do ronrom – o som emanado pelos gatos quando estão em repouso – em 250 voluntários, submetidos a uma gravação de 30 minutos do ruído de Rouky, o gato do veterinário. Ao fim do estudo, os participantes declararam sentir mais bem-estar, serenidade e uma facilidade maior para dormir. O poder tranquilizante dos felinos foi o porto seguro da gerente comercial Cris Sakuraba, 46 anos. “Não desmerecendo o medicamento, mas minha gatinha mudou minha vida”, diz. Cris sofria de ansiedade, stress, depressão e agorafobia (medo de espaços abertos ou aglomerações), doenças que estavam minando sua qualidade de vida.“Agora estou 95% curada dos problemas.” A gatoterapeuta Marisa Paes afirma que é capaz de fazer até quem não gosta dos bichanos se beneficiar da presença deles. “Mesmo quem tem medo de gato me procura. Comigo como mediadora, a pessoa vai se desbloqueando”, afirma.

Os tratamentos terapêuticos envolvendo animais começaram a ser desenvolvidos no Brasil no começo da década de 50, pela psiquiatra Nise da Silveira. O tratamento foi uma alternativa com resultados palpáveis às terapêuticas agressivas, como lobotomia e eletrochoque. “Com o gato ronronando no colo, por exemplo, a pessoa desacelera, pois ocorre a mudança de frequência das ondas cerebrais do estado de alerta para o relaxamento”, diz Hannelore Fuchs, doutora em psicologia e especialista na relação do ser humano com o animal. Faz sentido. A frequência do ronrom é entre 25 e 50 hertz, a mesma utilizadas na medicina esportiva para acelerar cicatrizações e recuperar lesões. No ano passado, a gigante de tecnologia Apple lançou em parceria com o veterinário Gauchet um aplicativo para iPhone que usa o ronrom para amenizar os efeitos que a diferença de fuso horário em viagens provoca. Um estudo de 2008 da Universidade de Minesota, nos Estados Unidos, mostrou que um bichano em casa reduz em até 30% o risco de ataque cardíaco, por ajudar a relaxar e aliviar o stress. Só não pode ser alérgico a pelos.



Fonte: Istoe.com.br
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quarta-feira, 17 de março de 2010

HÁBITOS FELINOS - Saiba as 10 coisas que os gatos não gostam



Dra. Rachel Borges Ribeiro

1 - Utilizar bandeja sanitária com areia acumulada de fezes e urina. A limpeza é essencial para evitar o contato com parasitoses e protozoários. Recomendo também aos proprietário que sempre utilize luvas para efetuar a limpeza.

2 - Utensílios como coleiras, roupas e laços podem ocasionar uma grande hipersensibilidade no animal, efetuando queda de pêlo local.

3 - Ingerir água parada. O felino por instinto possui o hábito de beber água corrente. Indico aos proprietários terem uma fonte pequena e com água filtrada para garantir que o gato esteja bebendo a quantidade necessária de líquido ao dia.

4 - Odores fortes como de alguns produtos de limpeza, sabão em pó e perfumes podem levar o gato a intensas crises respiratórias.

5 - Ficar no colo na posição sentado, com o dorso voltado para baixo, esta postura retira o animal da posição de defesa e equilíbrio em caso de queda.

6 - Escovação dos pêlos com rasqueadeiras, pois elas são muito duras. O animal sente dor e pode ocasionar lesão na derme retirando toda a oleosidade de proteção da pelagem. A indicação adequada seria pente fino semanalmente.

7 - Mudanças bruscas de hábitos alimentares. Este fato é considerado de maior importância, pois os gatos não podem ficar sem comer por 48 horas e podem chegar a apresentar um quadro de Lipidose Hepática.

8 - Serem banhados com água fria, pois a pelagem dupla de algumas raças de gatos conserva a temperatura em sua derme um pouco mais elevada em determinadas épocas do ano, por isso recomenda-se o banho com água morna e produtos hipoalergênicos, escolhendo quando necessário o Pet Shop, onde no momento do banho o GATO não tenha estresse nem contato com os outros animais.

9 - Não manter o animal preso em ambientes pequenos. A necessidade de o felino se exercitar está relacionada ao seu metabolismo.

10 - O gato não costuma dormir muitas horas seguidas na parte da noite, pois possui hábitos noturnos como alimentação, entre outros.

E-mail: vet.rachel@gmail.com


PULO DO GATO - Edição 43 - Janeiro/Fevereiro- página 16 www.revistapulodogato.com.br
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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Primeiros Socorros

Se o gato se machucar ou ficar doente de repente, a sua ação imediata pode salvar-lhe a vida.


Reanimação Cardiopulmonar



Para ser eficiente, a reanimação cardiopulmonar exige rapidez.

- Se o animal parar de respirar, coloque-o do seu lado, abra a boca dele e puxe a língua para um lado. As vias aéreas devem estar desobstruídas.

- Se a boca e as vias aéreas estiverem limpas, feche a boca e coloque a mão em volta do focinho. Assopre delicadamente no nariz e observe o peito inflar. Repita o processo doze vezes por minuto.

- Se o gato estiver sem pulsação, coloque três dedos sobre o coração (mais ou menos na quinta costela) e faça uma pressão média e solte. As costelas devem se comprimir cerca de 2 cm. Repita cinco vezes (se o gato tiver pulsação, mas não estiver respirando, dê-lhe apenas assistência respiratória).

- Faça doze respirações e cinco compressões no peito; continue repetindo até que ele comece a respirar de novo.


Para imobilizar um osso


Um membro quebrado é muito doloroso. Se for possível, não remova o gato até que possa imobilizar o membro.

- Use uma régua, um lápis grosso ou um pedaço de madeira. O ideal é que a madeira não seja maior que a perna do gato.

- Com a gaze, envolva a tala na perna. Não tente esticar a perna: deixe isso para o veterinário.

- Não aperte muito a tala com a gaze para não atrapalhar a circulação.

- Leve o gato ao veterinário o mais rápido possível.


Sangramento


Um sangramento pode ser uma ameaça à vida.

- Se o machucado estiver sangrando, use um chumaço de gaze para fazer uma pressão direta sobre ele até chegar à clínica.

- Se o machucado sangrar continuamente, pressione-o com uma toalha e encare-o como uma emergência grave. Vá imediatamente ao veterinário.

- Se o machucado estiver jorrando sangue, um vaso sanguíneo se rompeu e o gato pode sangrar até a morte. Use um cadarço ou um pedaço de gaze para fazer um torniquete acima da ferida - entre o machucado e o coração. Enrole o torniquete em volta do membro e amarre-o a um lápis, caneta ou régua pequena. Gire a régua de modo que ela aperte o torniquete até que o sangramento diminua. Leve o gato imediatamente à clínica. Se demorar mais de dez minutos para chegar lá, afrouze o torniquete a cada dez minutos para que o sangue circule nesse membro.

Um torniquete pode gerar sérios problemas, porque interrompe a circulação. Só faça um torniquete se a pressão direta não funcionar e o animal estiver correndo o risco de sangrar até a morte.



O Controle



Um animal assustado e machucado pode ferir até mesmo o próprio dono. O modo mais fácil de controlar um gato é com uma fronha. Coloque-o dentro da fronha, deixando apenas a cabeça para fora. Se tiver que cuidar de alguma parte do corpo do gato, enrole-o em uma toalha, cubra seus olhos e deixe descoberta a parte ferida. Isso lhe dará tempo para realizar os cuidados de primeiros socorros. Se cobrir a cabeça do gato, verifique com freqüência se ele pode respirar.



O Transporte


Ao transportar o gato, observe se não está lhe causando ainda mais dor. Coloque algo embaixo dele, como uma bandeja. Para fazer isso, deslize a bandeja para baixo do animal, quase sem movimentá-lo, e leve-o dessa forma até o carro.



Matéria retirada do livro "Cuide bem do seu gato" - Liz Palika - Ed. Publifolha

Fonte: Gatos e Felinos
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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Vídeo: pequeno grande gato



Quem vai dizer que não é um gatinho? Só não espera até crescer!
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